CAFÉ DE IDEIAS - EVERALDO LUIS PEREIRA

1757790267_CAF_04.jpeg
No Café de Ideias de hoje, a bola rola para a história de Vê Nistelrooy, figura conhecida do futebol amador de Mogi Mirim. Nascido em Itapira, passou os primeiros anos na fazenda Kalunga. Aos 4 anos, com a perda do avô, a família se mudou para Mogi Mirim, primeiro para a Vila Bianchi, mas foi no bairro Santa Luzia que viveu a maior parte da infância e adolescência. Estudou no Ernani Calbucci e no Ferreira Alves, formando-se no Ernani, sempre lembrado pela autenticidade, liderança e, claro, pelas amizades que cultivou ao longo da vida.
 
Aos 8 anos entrou para o Tucurense, onde já jogavam seus irmãos. Ficou até os 14, amadureceu em campo e fez amigos que permanecem até hoje. Depois seguiu para o Davoli e, quando o time chegou ao fim, buscou uma chance no futebol profissional, inspirado no irmão mais velho, Aritana, craque respeitado da região.
 
Mesmo sem seguir carreira profissional, deixou sua marca no futebol amador. Montou equipes como o Colorado e o Clube XV, que em uma década conquistaram mais de 10 títulos e atingiram cerca de 80% de aproveitamento. As vitórias não eram apenas nos placares, mas no legado de união e paixão pelo esporte.
 
A vida também o levou para outros caminhos. Trabalhou por 7 anos na Paulitec, morou em Ubatuba com a esposa, onde foi salva-vidas, corretor e vendedor de sorvete, em 2004 voltou a Mogi já com a filha Alicia, hoje com 23 anos. Passou por diferentes trabalhos até ingressar na vida pública em 2008 como assessor na Câmara Municipal, tornando-se chefe de gabinete em várias gestões. Enfrentou um infarto em 2020, mas voltou com força: criou um estacionamento ao lado da Matriz, que virou ponto de encontro de amigos, e em 2024 assumiu a administração do cemitério municipal.
 
Hoje, além do trabalho, Vê continua no futebol. Veste a camisa do Master Mogi, time de ex-jogadores da região, mantendo viva a paixão que o acompanha desde os tempos de Tucurense. E, assim como no início, segue sempre ao lado do amigo Lulinha, com quem divide uma amizade de 48 anos, dentro e fora de campo.