CAFÉ DE IDEIAS - LUIZ ROBERTO DI MARTINI

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No episódio desta semana do Café de Ideias, Mauro Nunes recebe Luiz Roberto de Martini, comandante do Corpo de Bombeiros Municipal de Mogi Mirim. Aos 46 anos, Di Martini carrega quase duas décadas de dedicação ao serviço público e uma vida inteira de vocação.
Nascido em 8 de agosto de 1978, em Americana, Di Martini chegou na cidade ainda recém-nascido. Filho de Ana Maria, doméstica, e de José de Martini, que trabalhou durante 20 anos na APAE de Mogi Mirim, teve uma infância simples e marcada por brincadeiras de rua. Estudou na EMEB Cleusa Marilene Vieira de Mello e na Escola Estadual Monsenhor Nora. Desde cedo, demonstrava interesse pela profissão que viria a abraçar. Ele relembra que, quando mais novo, escrevia frases sobre bombeiros nos cadernos.
Em 2005, prestou concurso público e ingressou no ano seguinte. Desde então, construiu uma trajetória marcada pelo comprometimento e, há dez anos, está à frente da corporação no município. Para ele, ser bombeiro é mais que um ofício: é um propósito de vida. “Eu não sinto que trabalho. Estou disponível 24 horas por dia porque acredito que fui chamado para isso”, afirma.
Di Martini acredita que sua profissão o tornou mais humano, e cada ocorrência reforça seu compromisso com o outro. “A gente aprende a se colocar no lugar do próximo”, diz. Entre os nomes que o inspiram está o bombeiro Oscar, já aposentado, figura marcante na história da corporação.
Hoje, casado com Daniela Barcelos Di Martini, é avô do pequeno Noah (04) e pai de Letícia (22), Luiz Miguel (11) e Laura (5). A caçula, que tem autismo nível 1, é uma fonte diária de aprendizados. “Ela me ensina com gestos simples, como um abraço ou um beijo na hora certa. Só dorme depois que eu chego em casa. É como se eu fosse o porto seguro dela”.
Para Di Martini, o valor do ser humano é o maior ensinamento que a vida de bombeiro lhe proporcionou, e para quem sonha seguir esse caminho, ele deixa o recado: “É preciso amar o que se faz. Se for só pelo dinheiro, você será um funcionário frustrado. Mas se for por propósito, é um privilégio”.