No Café de Ideias de hoje, o convidado é Ney Fagundes, nascido em 31 de janeiro de 1961, em Mogi Mirim. Filho da Vila Bianchi, começou os estudos na Escola Sinházinha, passou pela Monsenhor Nora e depois pela FEG, onde se encantou com a eletrônica. Mais tarde estudou Mecatrônica na ETEC e, antes de finalizar os estudos, entrou para o Tiro de Guerra. Anos depois, entre 2007 e 2010, cursou Projetos Mecânicos na FATEC. Na vida profissional, acumulou experiências em empresas como Irmãos Davoli, Kodyve, Jovira Veículos, Ford, Rainha, Alpargatas, Bradesco, e também na Renovias, onde atuava com manutenção elétrica nas pistas.
A virada aconteceu em 1987, quando Ney mergulhou no universo dos brinquedos. Foi até São Paulo fazer curso na Estrela e saiu de lá como técnico autorizado. A partir daí, a garagem da casa dos pais virou oficina, e os brinquedos da região começaram a ganhar nova vida em suas mãos. Vieram depois as autorizações da TecToy e da Dynacom, reforçando seu nome como referência.
Curioso e autodidata, Ney se jogou também nos vídeo games, acompanhando a evolução desde os primeiros consoles até os modelos de hoje. Além dos games, aprendeu a consertar hoverboards, patinetes e até motos elétricas. Mas uma de suas paixões é o trabalho de restauração de brinquedos antigos, feito com peças originais e aquele cuidado que transforma o conserto em algo muito maior.
Em sua trajetória, criou a TecnoGame, marca que até ganhou loja física em Mogi Guaçu e, depois de 2020, voltou a funcionar em casa, com o mesmo jeitão próximo e artesanal de sempre. Já tocou sax na Banda Lyra Mogimiriana e também na Corporação Musical Marcos Vedovello, em Mogi Guaçu. Hoje, integra a Orquestra Sinfônica de Mogi Mirim, mantendo a música como outra de suas grandes paixões.
Para Ney, cuidar de brinquedos vai muito além da técnica. É preservar memórias, prolongar histórias e manter viva a essência da infância. Cada conserto é também um reencontro com o passado, e isso dá ao seu trabalho um valor que nenhuma etiqueta ou manual pode ensinar.