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06/06/2025 - Santa Casa de Mogi Mirim realiza doação de órgãos
Procedimento foi realizado junto à Organização de Procura de Órgãos do HC da Unicamp

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Equipe responsável pelo transplante junto do secretário de Saúde Mauro Nunes Jr. (Foto: Prefeitura de Mogi Mirim)
 
 
A Santa Casa de Mogi Mirim realizou na última segunda-feira (2) um procedimento de doação de órgãos. Foram captadas duas córneas, dois rins e um fígado, e estiveram presentes na UTI profissionais da Organização de Procura de Órgão do Hospital das Clínicas da Unicamp.
 
O secretário de Saúde de Mogi Mirim, Mauro Nunes Jr., que já passou por um transplante de fígado, esteve presente e expressou a importância do procedimento. “Também fui salvo por um doador e sei como isso é importante. Agradeço a todos os profissionais envolvidos nesse processo e, em especial, à família do doador por esse ato nobre”
 
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil possui o maior sistema público de transplantes do mundo, com mais de 30 mil procedimentos realizados no ano de 2024. Ainda assim, a recusa familiar é um dos principais entraves para o aumento das doações. Aproximadamente 40% das famílias não autorizam o procedimento após a morte encefálica do parente.
 
Mauro também comentou sobre a importância da doação de órgãos. “A gente tem que alertar as pessoas que possuem esse interesse para que avisem seus familiares sobre a intenção de doar seus órgãos. Isso é muito importante fazer”.
 
A expectativa é que os órgãos doados beneficiem cinco pessoas ao todo, e segundo Danilo Winckler, médico que participou da equipe de cirurgia, a captação só ocorre quando é constatada a morte encefálica do paciente, e em seguida a família é consultada a respeito da possibilidade de doação de órgãos
 
O procedimento exige uma equipe especializada no local e depende de diversos fatores, como explica Daniel de Carvalho Frugoli, administrador da Santa Casa de Mogi Mirim. “A partir do momento que é possível esse tipo de doação nós entramos em contato com os profissionais da Unicamp. Avisamos sobre a situação do paciente e a possibilidade de doação. E a partir desse momento esses profissionais entram em cena”.
 
Toda uma equipe é destinada para o processo, para abordar a família do paciente e tentar fazer a captação dos órgãos, como afirma Daniel. 
 
A enfermeira da Organização de Procura de Órgão do Hospital das Clínicas da Unicamp, Julieth Lage, foi uma das profissionais que esteve presente para acompanhar o procedimento. Ela explica que, para o transplante ter sucesso, é necessário um bom acondicionamento dos órgãos após a retirada e um transporte rápido até o paciente receptor. 
 
A equipe responsável foi formada pelos médicos Danilo Winckler e Isabela Corrêa, as enfermeiras Kimberly Rizzettto e Anielli Cristina, além da coordenadora de enfermagem da unidade, Patrícia Ribeiro Ferreira. Segundo Julieth, profissionais de outras cidades da região também estiveram presentes, como Sorocaba e Barretos.